Na sentença, Gilmar Mendes afirma que "os fatos em análise não teriam ligação explícita e direta com a Petrobrás".
Na sentença, Gilmar Mendes afirma que “os fatos em análise não teriam ligação explícita e direta com a Petrobrás”.| Foto: Nelson Jr./STF

Em decisão divulgada nesta quarta-feira (4), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a 13ª Vara Federal de Curitiba (onde tramitam os processos da Lava Jato) não tem competência para julgar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. A informação está no blog da Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. Na sentença, Gilmar Mendes afirma que "os fatos em análise não teriam ligação explícita e direta com a Petrobrás" e que, portanto, o inquérito deveria ir para a Justiça Federal do Distrito Federal - e não para o Paraná. Ele se refere à alegação do Ministério Público Federal (MPF) de que Mantega teria recebido R$ 50 milhões de executivos da Odebrecht. Com a decisão, o ministro do STF também derruba qualquer medida cautelar que o juiz Luiz Antonio Bonat, de Curitiba, tenha determinado contra Mantega, como a entrega do passaporte e o uso de tornozeleira eletrônica.