O presidente do partido Novo, João Amoedo.
O presidente do partido Novo, João Amoedo.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Candidatos derrotados à Presidência em 2018, o empresário João Amoedo (Novo) e o senador Alvaro Dias (Podemos) criticaram o Supremo Tribunal Federal (STF) após a Corte forma maioria para anular a condenação do ex-gerente da Petrobras, Marcio de Almeida Ferreira. Ele havia sido condenado pelo ex-juiz Sergio Moro a 10 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, e alegou que a defesa não teve oportunidade de entregar alegações finais após argumentos de delatores.

“A decisão do STF sobre a Lava Jato deixa claro, mais uma vez, como a insegurança jurídica é um entrave para o Brasil se tornar um país admirável. As regras são alteradas após decisões serem tomadas, tornando tudo imprevisível. Ganha a impunidade. Perde o brasileiro”, escreveu João Amoedo no Twitter. “Como esperado, ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram contra a Lava Jato, pela anulação de sentenças”, afirmou Alvaro Dias, também na rede social. Pouco depois, prosseguiu: "Maioria dos ministros já votou a favor da tese q pode vir a anular as sentenças da Lava Jato", lamentou o senador.

Essa é a segunda vez que uma sentença da Lava Jato é anulada pelo STF. Na primeira, o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine foi beneficiado por decisão da 2ª turma. A Corte seguiu a opinião da segunda turma no caso de Ferreira. Há o risco de efeito cascata, em que mais de 30 sentenças podem ser anuladas.