Ministro Gilmar Mendes disse que o Exército é cúmplice de um "genocídio" no Brasil por causa da alta mortalidade do novo coronavírus.
Ministro do STF Gilmar Mendes.| Foto: Nelson Jr./STF

A Justiça condenou a União a pagar R$ 59 mil por declarações críticas do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dirigidas ao coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol. Cabe recurso da decisão. A sentença do juiz Flavio Antônio da Cruz, da 11ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, foi proferida na sexta-feira (7) e atende a um pedido do próprio Dallagnol, que entrou com ação contra o ministro em dezembro de 2019 por "insinuações, acusações e ofensas de distintos naipes e calibres, em sessões de julgamento ou em entrevistas concedidas à imprensa". Na visão do magistrado, Gilmar excedeu o limite do "razoável" e ofendeu a honra do procurador ao comparar a força-tarefa a uma organização criminosa formada por "gente muito baixa, muito desqualificada" e insinuando que os procuradores da Lava Jato queriam lucrar com a operação.