Lava Jato diz que PGR não pode "vasculhar" investigações
Ministério Público Federal do Paraná, sede da força-tarefa da Lava Jato.| Foto: Albari Rosa/Arquivo Gazeta do Povo

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná alegou ao ministro Edson Fachin, do STF, que não caberia à Procuradoria-Geral da República "vasculhar" dados de forma generalizada em busca de investigações contra autoridades com foro privilegiado. O argumento aparece nas contrarrazões apresentadas à Corte na terça (8) no processo que discute o compartilhamento de informações da operação com a cúpula da PGR. Em agosto, os procuradores negaram a existência de "documentos ocultos" e avisaram que o compartilhamento irrestrito de informações da Lava Jato abriria brecha para "bisbilhotagem". A entrega dos dados - autorizada pelo ministro Dias Toffoli em julho - foi suspensa por Fachin no retorno das atividades do Judiciário, no início do mês passado. A PGR recorreu. Na opinião dos procuradores, não caberia à PGR "realizar varreduras periódicas" nos bancos de dados da força-tarefa para saber se os procuradores estariam investigando autoridades com foro privilegiado. A peça foi assinada pelo novo coordenador da Lava Jato no Paraná Alessandro José Fernandes de Oliveira, e pelo seu antecessor, Deltan Dallagnol, que deixou o grupo na semana passada por motivos pessoais. Os integrantes da força-tarefa subscreveram o texto.