Ricardo Lewandowski
A recusa acontece mesmo após Lula ter reafirmado em outra ocasião que não via problema na iniciativa e voltar a declarar que os eleitores deveriam “bater palmas” na residência dos parlamentares.| Foto: Nelson Jr./STF

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de investigação contra o ex-presidente Lula em razão das declarações onde o petista pedia que manifestantes cercassem a casa dos deputados. A representação feita por 12 parlamentares governistas pedia que Lula fosse investigado sob acusação de perseguição e incitação à abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O grupo pedia ainda que o ex-presidente fosse proibido de se aproximar do Congresso Nacional, dos deputados e senadores.

Segundo Lewandowski, não há elementos probatórios suficientes para autorizar a investigação. “Diante de tal panorama, outra conclusão não remanesce, como se vê, senão a de que não há elementos probatórios suficientes (justa causa) para autorizar a deflagração da persecução criminal. Isso posto, com base no art. 21, §1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao pedido”, diz a decisão do ministro do STF, publicada na noite de quarta-feira (27).

A recusa acontece mesmo após Lula ter reafirmado em outra ocasião que não via problema na iniciativa e voltar a declarar que os eleitores deveriam “bater palmas” na residência dos parlamentares. “Qual é o mal nisso?”, afirmou o ex-presidente durante entrevista.