A ex-presidente da Petrobras, Graças Foster.
A ex-presidente da Petrobras, Graças Foster.| Foto: Agência Brasil

Com a nomeação, por parte da então presidente Dilma Rousseff, de Maria Graças Foster ao comando da Petrobras, Lula teria perdido o controle sobre a estatal. É o que consta na representação apresentada pelo MPF e pela PF na 64ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta sexta (23), com base na delação do ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda nos governos petistas, Antônio Palocci. Graças Foster teria travado a contratação de sondas da empresa Sete Brasil para a exploração do pré-sal, que era de interesse político e financeiro de Lula.

Segundo Palocci, a então presidente da estatal sabia que os contratos serviriam para desviar recursos a favor do PT e do governo federal. O ex-ministro disse também que Graças Foster atuou para evitar que João Carlos de Medeiros Ferraz fosse reconduzido ao cargo da Sete Brasil. O executivo era considerado alinhado aos interesses de Lula. Esses fatos teriam causado um distanciamento entre Lula e Dilma. Segundo Marcelo Odebrecht, a ex-presidente acreditava também que as investigações da Lava Jato não encontrariam ilícitos em suas campanhas eleitorais, ao passo que alcançariam apenas as do ex-presidente.