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Lula afirmou não ver problema na proposta e voltou a falar que os eleitores deveriam “bater palmas” na residência dos parlamentares e dialogar de forma civilizada.| Foto: EFE/EPA/MOHAMMED BADRA

Em entrevista para a rádio Jangadeiro nesta quinta-feira (7), o ex-presidente Lula voltou a falar sobre a declaração feita dias atrás, quando sugeriu que militantes mapeassem a casa de parlamentares para realizar manifestações. Durante a conversa, Lula afirmou não ver problema na proposta e voltou a falar que os eleitores deveriam “bater palmas” na residência dos parlamentares e dialogar de forma civilizada. Após as declarações de ontem, governistas acionaram o STF contra o petista. Atos semelhantes, como sugeriu Lula, já levaram manifestantes à prisão.

"Eu disse uma coisa simples. Eu disse que ao invés de gastar fortuna indo para Brasília fazer protesto, todo deputado mora numa cidade, todo senador mora numa cidade, então não custa nada ao povo que está reivindicando ir na porta da casa deles e conversar de forma civilizada. (...) Olha, porque depois de eleito o povo passa a ser estorvo? Não custa nada. O cidadão vai lá, bate palma, o deputado sai de forma civilizada, atende os eleitores, pergunta o que eles querem. Eles vão dizer que não querem que aprove determinada lei e o deputado diz se vai votar ou não. Qual é o mal nisso? Ou será que o deputado quer morar escondido? Eu falei uma coisa tão normal. Conversar de forma civilizada não é xingar. Lamentavelmente me parece que tem deputado que não quer conversar com o povo. Só na época das eleições”, afirmou o ex-presidente.

Mais tarde, em publicação nas redes sociais, o petista voltou a falar sobre o assunto: “Quando eu era presidente toda hora tinha gente protestando na frente da minha casa. E eu parava para conversar. E eu disse conversar de forma civilizada. Esses deputados que dizem que adoram o povo nas eleições não aceitam encontrar o povo depois de eleito? Não podem conversar?”, questionou Lula.