Pelas investigações da PF, manchas de óleo que atingiram o Nordeste foram do navio Bouboulina.
Pelas investigações da PF, manchas de óleo que atingiram o Nordeste foram do navio Bouboulina.| Foto: Bruno Concha/ Secom

A Marinha divulgou, neste domingo, nota na qual contesta a versão de que o material encontrado em São Miguel do Gostoso (RN) seja mancha de óleo e esteja associado ao vazamento que atinge o Nordeste.

"As análises efetuadas, por meio de imagens de satélites e geointeligência, classificaram essa ocorrência como falso positivo", afirmou a Marinha. "A região mencionada apresenta um sistema de correntes marítimas constantes no sentido oeste-noroeste, o que não possibilitaria a chegada da mancha de óleo ao litoral leste nordestino." A Marinha disse ainda que as investigações prosseguem, com "apoio de instituições nacionais e estrangeiras".

Especialistas detectaram uma imagem no litoral do Nordeste dois dias antes da passagem do navio grego Bouboulina, apontado pela Polícia Federal como o principal suspeito pelo vazamento do óleo na costa da região.

A imagem, encontrada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), identifica uma mancha de 86 quilômetros de extensão e um quilômetro de largura, a aproximadamente 40 quilômetros do município de São Miguel do Gostoso. A mancha varia de 40 a 1.200 metros de profundidade, dependendo do trecho. A mesma imagem registra também a presença de um navio, que não seria nenhum dos cinco petroleiros gregos.