Ministro da Educação explica depósito de livros: “faltar é muito pior”
| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou seu perfil no Twitter para falar sobre o descarte de livros didáticos. Reportagem publicada neste sábado (11) pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o governo federal aluga um depósito na Grande São Paulo para armazenar exemplares nunca utilizados. Na internet, o ministro reforçou que o depósito é “resultado da gestão passada (2018)”: “Em 2019, houve uma melhora no remanejamento de livros didáticos de 49% em relação ao ano de 2018. Todavia nunca chegaremos a zero livros descartados. Há uma reserva técnica para o remanejamento de alunos, abertura de novas escolas, etc. Todo ano sobram livros, pois faltar é muito pior”. “Por lei, essa reserva técnica é de até 3% dos 165 milhões de livros distribuídos aos 40 milhões de alunos. Assim, os 2,9 milhões de livros estão bem abaixo do limite previsto em lei (menos de 2%), e são de gestões passadas”, escreveu ele.

Levantamento preliminar do estoque feito em dezembro apontou que a reserva técnica tinha 4,2 milhões de livros didáticos; deles, 2,9 milhões "venceram" entre os anos de 2005 e 2019, ou seja, têm informações defasadas e são considerados inservíveis para o ensino. A estimativa é de que tenham sido gastos mais de R$ 20,3 milhões com a compra dos exemplares por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático, que nunca chegaram às mãos dos estudantes das redes públicas municipais e estaduais.