O ex-juiz Sergio Moro ao chegar no Senado nesta terça-feira (23) acompanhado de parlamentares do Podemos.
O ex-juiz Sergio Moro ao chegar no Senado nesta terça-feira (23) acompanhado de parlamentares do Podemos.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O ex-juiz e pré-candidato à presidência da República Sergio Moro (Podemos) foi nesta terça-feira (23) ao Senado, junto com a bancada do partido, para se posicionar contra a PEC dos precatórios. Moro defende o pagamento do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa família, mas dentro do teto de gastos orçamentário. Moro afirmou que "é perfeitamente possível realizar o incremento do Auxílio Brasil sem os efeitos colaterais pretendidos pelo governo de derrubar o teto de gastos". A informação foi divulgada pelo portal G1.

"O teto de gastos, quando foi criado em 2016, resultou em uma imediata queda nos juros cobrados no mercado e isso impulsionou uma recuperação da economia que vinha da recessão criada pelo governo do PT. Não vamos fechar os olhos para as consequências do rompimento do teto de gastos. Isso vai gerar aumento da inflação, que vai ser respondido pelo Banco Central com o aumento de juros", disse Moro ao chegar no Senado.

Os senadores do Podemos defendem uma proposta alternativa apresentada pelos senadores Oriovisto Guimarães (Pode-PR), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e José Aníbal (PSDB-SP), que prevê excluir do teto de gastos os precatórios e dívidas de pequeno valor, para abrir um espaço fiscal de cerca de R$ 99 bilhões para gastos em 2022.

"Quando se fala em aumento de juros, as consequências são recessão, isso significa menores salários e desemprego. O Podemos não pode compactuar com o desemprego dos brasileiros. É possível conciliar responsabilidade social com responsabilidade fiscal", apontou o ex-juiz. Para Moro, não havia a necessidade de mudar o nome do programa. "Mudar nomes é algo que simplesmente nega o crédito em relação a políticas anteriores, assim como foi negado quando se mudou de Bolsa Escola para Bolsa Família", ressaltou.