O Ministério Público Federal apresentou cinco ações civis públicas por improbidade administrativa, com pedido de bloqueio de bens e proibição de contratar com o poder público, em razão de desvios e pagamentos de propinas em contrato com a Eletronuclear que superam R$ 16 milhões, envolvendo empresas do Canadá, Alemanha e Dinamarca. Entre os 18 alvos das ações estão o ex-presidente da Eletronuclear Othon Pinheiro, sua filha Ana Cristina da Silva Toniolo, o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau Cavalcante Silva e o ex-deputado Federal Aníbal Ferreira Gomes (MDB-CE). A investigação mira desvios de recursos em contratos da Eletronuclear e tem como base delações premiadas que revelaram o pagamento de propinas em pelo menos seis contratos firmados pela empresa. Segundo a procuradoria, os recursos eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados.