Da esquerda para a direita, o ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh; o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o presidente Jair Bolsonaro; e o presidente da Índia, Ram Nath Kovind, assistem ao desfile do Dia da República em Nova Délhi.
Da esquerda para a direita, o ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh; o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o presidente Jair Bolsonaro; e o presidente da Índia, Ram Nath Kovind, assistem ao desfile do Dia da República em Nova Délhi.| Foto: Handout/AFP/India Press Information Bureau

O presidente Jair Bolsonaro participou, na manhã deste domingo, da cerimônia do Dia da República da Índia, a principal data nacional do país. Com forte esquema de segurança e realizada na principal avenida da cidade, é uma celebração para destacar os valores, a cultura e as conquistas do povo indiano. Bolsonaro foi o convidado de honra do primeiro-ministro Narendra Modi – todo ano um líder internacional é escolhido. Símbolos da arquitetura milenar, camelos com ornamentos, elementos da gastronomia, músicas típicas, malabaristas, acrobacias e apresentações com roupas características foram os pontos altos do desfile. Helicópteros e caças fizeram acrobacias sobre a esplanada e animaram a população local com voos rasantes.

Questionado ao final do evento sobre o que achou do poderio militar indiano, Bolsonaro afirmou que “os de ponta não estavam ali”. “Todo mundo sempre esconde essa questão. Mas é um país nuclear, graças obviamente ao seu poderio, é um país que ajuda a decidir o futuro da humanidade”. O presidente disse que a Índia “não chega às últimas consequências” com países da região “certamente pelo poderio bélico”, mas negou o interesse em armas nucleares. “Está na nossa Constituição que abdicamos da energia nuclear a não ser para fins pacíficos.” Apenas nove países têm armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte. A agenda termina na segunda-feira, com um encontro com empresários e uma visita ao monumento Taj Mahal.