Pesquisadora Natalia Pasternak durante depoimento na CPI da Covid-19.
Pesquisadora Natalia Pasternak durante depoimento na CPI da Covid-19.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Durante sua apresentação aos senadores na CPI da Pandemia, a pesquisadora Natália Pasternak, microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo, citou a cloroquina ao defender que a ciência não é uma questão de opinião e sim de fatos. “A ciência não é uma questão de opinião. Não é uma questão do que eu enxergo contra o que você enxerga. Não é uma visão do mundo, afirmou. “Não é uma questão de desrespeitar a opinião alheia. É questão que a ciência funciona buscando os fatos”, disse.

Na sequência, ela citou os estudos sobre a cloroquina para uso contra diversas doenças provocadas por vírus, que não demonstraram efetividade. “Vou usar a cloroquina como exemplo porque, infelizmente, ela causa muita confusão no nosso país até hoje”, disse.

“A primeira coisa que a gente tem que ver é se existe plausabilidade biológica. Existe um mecanismo celular ou um mecanismo biológico que esse fármaco pode agir nessa doença? Ele pode impedir a entrada do vírus na célula? Ele pode impedir a replicação do vírus? O que ele pode fazer? No caso da cloroquina, infelizmente, ela nunca teve plausabilidade biológica para funcionar (contra a Covid). O caminho pelo qual ela bloqueia a entrada do vírus na célula só funciona in vitro, em tubo de ensaio, porque nas células do trato respiratório o caminho é outro. Então, ela nunca poderia ter funcionado.”