Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e o secretário de Educação do município do Rio de Janeiro, Renan Carneiro, entraram com notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pela demora em autorizar a vacinação de crianças para prevenção da Covid-19. Os políticos de oposição defendem que o caso é de "provável cometimento do crime de prevaricação".

Para o grupo, as condutas recentes do presidente e do ministro "potencialmente configuram ações deliberadas e coordenadas para retardar a inclusão da vacina contra Covid-19 para crianças de cinco a onze anos no Plano Nacional de Imunização, impondo obstáculos que geram o atraso na definição da estratégia de campanha de vacinação, logística, aquisição, distribuição e monitoramento do processo como um todo", revelou O Globo.

O Ministério da Saúde anunciou para esta quinta-feira (23) a abertura de uma consulta pública sobre a aplicação da imunização contra a Covid-19 em crianças, que se estenderá até janeiro. No início da semana, Marcelo Queiroga afirmou que “a pressa é inimiga da perfeição. O principal é a segurança. No ano de 2021, considerando o pico (da pandemia), onde houve 4 mil óbitos, crianças de 5 a 11 anos foram menos de 150 óbitos. Não que eu esteja menosprezando. Cada vida é importante”, afirmou o ministro, garantindo que a população será informada sobre o eventual início da campanha de vacinação para a faixa etária.

O presidente Jair Bolsonaro tem demonstrado resistência quando trata do tema. Neste domingo (19), afirmou que pedirá à Saúde a adoção de um protocolo que exija autorização dos pais e a apresentação de uma receita médica que justifique a aplicação do imunizante.