A crise criou um mercado paralelo de cilindros de oxigênio, fazendo com que empresas cheguem a esconder os produtos para se aproveitar a hiperinflação causada pela escassez.
A crise criou um mercado paralelo de cilindros de oxigênio, fazendo com que empresas cheguem a esconder os produtos para se aproveitar a hiperinflação causada pela escassez.| Foto: Michael DANTAS / AFP

Manaus deve receber o carregamento com oxigênio vindo da Venezuela no domingo (17). Neste sábado (16), o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou que os caminhões carregados oxigênio seguem para Manaus (AM). A saída ocorre da fábrica estatal em Puerto Ordaz, a 1.600 km da capital amazonense, em uma viagem com duração de 26 horas. O ministro, no entanto, não informou a quantidade no insumo a caminho do Brasil.

A empresa White Martins, principal fornecedora do insumo no estado, comunicou que buscaria o estoque disponível em suas operações na Venezuela e que tentaria viabilizar a importação para abastecer o Amazonas. Segundo o Ministério Público, a White Martins alegou "não possuir logística suficiente para atender a demanda" no país. Segundo a empresa, a demanda aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias, e chegou a 70 mil metros cúbicos por dia.