Rodrigo Maia na cadeira de presidente da Câmara, no plenário da Casa.
O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu não considerar a formação do bloco de dez partidos que apoiou seu adversário na disputa, Baleia Rossi (MDB-SP). As informações são do Estadão. O reconhecimento do bloco é importante, porque é a partir dele que serão definidas as vagas na Mesa Diretora. Na madrugada desta terça-feira (2), onze partidos – dez do bloco e mais o Psol – anunciaram que vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o primeiro ato de Lira.

Além de eleger o presidente, os deputados devem definir a composição da Mesa Diretora, formada por outros seis parlamentares, sem contar os suplentes. A decisão do novo presidente da Casa permite que cinco das seis principais vagas na Mesa Diretora fiquem com parlamentares do seu grupo.

Apenas o PT manteria um assento, prejudicando assim o grupo de Rodrigo Maia (DEM-RJ). No bloco de Baleia, estavam PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. Ao todo, estes partidos reúnem 211 deputados.

O ato de Lira ocorreu após Maia aceitar a inclusão do PT no bloco de apoio a Baleia. Na segunda-feira (1.ª), antes da eleição, o bloco teve dificuldades para realizar o registro no sistema da Câmara, o prazo era o meio-dia de ontem. Um novo cálculo deve ser realizado considerando apenas a composição dos blocos registrados até as 12h de hoje. Com isso, PT e Solidariedade não serão considerados e os cargos terão de ser redistribuídos.