O ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da comissão especial da reforma da Previdência. Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara
Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro| Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na segunda-feira (25) que não é possível se assustar com a ideia de alguém pedir o AI-5 e uma “insanidade” convocar protestos, como fez o ex-presidente Lula e o PT. "Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5”, afirmou. A fala ocorreu ao comentar sobre o envio de reformas do governo ao considerar as manifestações que ocorrem em países da América Latina.

Guedes ainda criticou a situação gerada pela declaração do ex-presidente petista. "Assim que ele [Lula] chamou para a confusão, veio logo o outro lado e disse é, 'sai para a rua', vamos botar um excludente de ilicitude, vamos botar o AI-5, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo. Que coisa boa, né? Que clima bom."

Em seguida, Guedes foi questionado se era concebível um AI-5 em qualquer circunstância. “É inconcebível, a democracia brasileira jamais admitiria, mesmo que a esquerda pegue as armas, invada tudo, quebre e derrube à força o Palácio do Planalto, jamais apoiaria o AI-5, isso é inconcebível. Não aceitaria jamais isso. Está satisfeita?”, disse. Guedes, então, foi questionado se usou ironia na resposta. “Isso é uma ironia, ministro? O senhor está nos ironizando? De forma alguma”, explicou.