Entre os que têm muito medo de contrair o novo coronavírus, a reprovação de Bolsonaro aumentou de 41% em dezembro para 51%.
Entre os que têm muito medo de contrair o novo coronavírus, a reprovação de Bolsonaro aumentou de 41% em dezembro para 51%.| Foto: Sérgio Lima/AFP

O governo do presidente Jair Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 40% dos entrevistados em pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22), pelo instituto Datafolha, ante 32% do levantamento anterior, do início de dezembro. O aumento da desaprovação acontece em meio à piora da pandemia da Covid-19, às dificuldades na vacinação e o fim do auxílio emergencial. Bolsonaro é considerado ótimo ou bom por 31%, ante 37% da última pesquisa. De acordo com o levantamento, ele é avaliado como regular por 26% dos entrevistados, contra 29% anteriormente.

Pandemia

Entre os que têm muito medo de contrair o novo coronavírus, a reprovação de Bolsonaro aumentou de 41% em dezembro para 51%. Já a aprovação caiu de 27% para 20%. Entre os que têm pouco medo de pegar covid, a rejeição foi de 30% para 37%, enquanto a aprovação oscilou de 36% para 33%. No grupo dos que afirmam não ter medo do coronavírus, 21% reprovam Bolsonaro (ante 18% na sondagem anterior) e 55% aprovam (antes eram 53%).

Capacidade para governar

Segundo a pesquisa, 50% consideram que Bolsonaro não tem capacidade para governar, ante 52% em dezembro. Já a porcentagem dos que o consideram capaz ficou em estabilidade, de 45% para 46%.

Impeachment de Bolsonaro

A pesquisa aponta ainda que a maioria dos brasileiros não quer o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados diz que a Câmara não deve abrir um processo por crime de responsabilidade contra Bolsonaro. No levantamento anterior esse número era de 50%. Já os que defendem o impeachment do presidente oscilaram de 46% no levantamento anterior para 42% no atual. Os que não sabem ou não quiseram responder passou de 6% nos anterior para 4% na última pesquisa.

Metodologia

O Datafolha realizou a pesquisa na quarta, 20, e quinta-feira, 21, por telefone, em razão das restrições sanitárias da Covid-19. Foram ouvidas 2.030 pessoas em todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.