Os senadores aprovaram o projeto que suspende a realização de prova de vida do INSS até o fim do ano.
O prejuízo com os falsos benefícios chegou a R$ 76 milhões e envolveu 1.505 concessões fraudadas.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (30) uma operação para desarticular um grupo especializado em fraudar benefícios de aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para pessoas que não preenchiam as condições exigidas para o recebimento dos valores. O prejuízo chegou a R$ 76 milhões e envolveu 1.505 benefícios fraudados.

54 policiais federais e 12 servidores do Ministério do Trabalho e Previdência cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e um mandado de medida restritiva, além do sequestro de bens dos envolvidos, nos municípios de em Goiânia (GO), Serra Talhada (PE), Paranã (TO) e São José dos Campos (SP).

A investigação começou em setembro deste ano e constatou que o modo de agir do grupo criminoso envolvia a inclusão de tempo de contribuição e salários nos cálculos dos benefícios, sem registros dos vínculos empregatícios e com a retroação da data de início do benefício em quase um ano antes da concessão. O objetivo era gerar grandes quantias de valores atrasados pagos aos supostos beneficiários que eram repassados aos criminosos.

Uma das envolvidas na fraude era servidora do INSS. Segundo as investigações, ela atuou como concessora do benefício para seu companheiro, dois cunhados e um sobrinho, além de outras pessoas. “A economia proporcionada, considerando-se a expectativa de sobrevida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), chega a R$ 1,4 bilhões, relativos aos valores que seriam desembolsados para pagamentos futuros aos beneficiários”, diz nota da Polícia Federal.