Procurador-geral da República, Augusto Aras.
O procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Evaristo Sá/AFP

A Procuradoria-Geral da República (PGR) negou interferência de seu titular, Augusto Aras, nos ofícios distribuídos aos 27 governadores sobre o uso de verbas públicas e desativação dos hospitais de campanha. O órgão disse nesta quarta-feira (21) que "cumpre seu dever de fiscalizar" e que as notificações a agentes públicas fazem parte da rotina.

Os 27 governadores foram notificados após a instalação da CPI da Covid-19 no Senado, que vai investigar a atuação e possíveis omissões do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia. A PGR requisitou esclarecimentos complementares depois que uma primeira leva de informações foi considerada "insuficiente" ou "incompleta" pelo Ministério Público Federal (MPF).

Em nota, a PGR esclarece que a decisão de enviar os ofícios aos governadores foi tomado em conjunto pelos membros da Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral do MPF. Informa que não houve interferência de Aras e que a fiscalização "não começou na semana passada".

As Câmaras de Coordenação e Revisão do MPF, informa a nota, são "órgãos cujos membros têm independência funcional" e que Aras "não interfere nos seus trabalhos". O órgão ainda comunica que as apurações são realizados "dentro das atribuições da instituição" para garantir a "correta aplicação das verbas públicas no enfrentamento da grave epidemia de Covid-19".

Com informações do Estadão Conteúdo