ORMA/PREVIDÊNCIA/MILITARES/PSOL/DESTAQUE - POLÍTICA - Agentes Legislativos retiram do plenário a presidente da Associação Bancada Militar de Minas Gerais, Kelma Costa, que foi candidata a deputada federal por Minas Gerais em 2018 pelo PSL, durante reunião da Comissão Especial que analisa a reforma da Previdência dos militares, na Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde desta terça- feira, 29. A Comissão rejeitou um destaque apresentado pelo PSOL que estendia o aumento de gratificação a todos os militares e acabava com a diferenciação por cursos e qualificações. Esse foi o ponto que gerou maior polêmica. A rejeição causou comoção entre representantes de associações de praças que acompanharam a votação. A sessão chegou a ser suspensa em meio a muita gritaria. 29/10/2019
Rejeição de destaque causou revolta de representantes de associações de praças que acompanharam a votação da reforma dos militares.| Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A rejeição do primeiro dos quatro destaques ao projeto que trata da reestruturação da carreira e da proteção social dos militares, conhecido como a reforma da previdência das Forças Armadas, foi precedida de um tumulto na sala onde a comissão especial estava reunida. Praças das Forças Armadas, esposas e pensionistas de militares protestaram com gritos de "Bolsonaro traidor" (assista abaixo).

A mais exaltada foi a presidente da Associação Bancada Militar de Minas Gerais, Kelma Costa, que foi candidata a deputada federal por Minas Gerais em 2018 pelo PSL. O presidente da comissão, José Priante (MDB-PA), precisou suspender a sessão para acalmar os ânimos.

O destaque, apresentado pelo Psol, propunha a unificação dos adicionais de habilitação, para que o benefício atingisse todos os militares, inclusive a base da hierarquia. Mas a mudança foi rejeitada sob argumento de que geraria um impacto de R$ 130 bilhões aos cofres da União. A reunião foi retomada cerca de 20 minutos depois, sem público. Todos os destaques foram derrubados.