O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli.
O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli.| Foto: Luis Fortes / MEC

O professor universitário Thomas Conti, do Insper, publicou em seu perfil no Twitter uma acusação de plágio contra o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli. Segundo Conti, Decotelli teria plagiado trechos da dissertação de mestrado que o ministro apresentou em 2008, na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Conti citou que mais de 10% da dissertação de Decotelli seria copiada de um relatório produzido um ano antes pelo banco Banrisul, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). É a segunda contestação à trajetória acadêmica que Decotelli recebe desde sua indicação ao cargo, feita na quinta-feira (25) pelo presidente Jair Bolsonaro. A primeira foi a de que ele teria mentido em seu currículo quando disse ser doutor pela Universidade Nacional de Rosário, da Argentina. O reitor da instituição, Franco Bertolacci, publicou em suas redes sociais e posteriormente disse à Gazeta do Povo que o ministro não teve a sua tese aprovada pela universidade, o que o impediria de ser considerado doutor.

A Gazeta do Povo procurou Decotelli para esclarecimentos, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.

*Atualização: nesta sexta-feira (26), Decotelli retirou de seu currículo Lattes o título de sua tese "Gestão de Riscos na Modelagem dos Preços da Soja" e o nome de seu orientador Dr. Antonio de Araujo Freitas Jr. No lugar, ele menciona agora apenas "créditos concluídos" e "ano de obtenção: 2009". E, no campo relacionado ao orientador, o ministro assinalou: "sem defesa de tese".