Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem dado mais ênfase na vacinação contra a Covid-19 do que o antecessor.
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem dado mais ênfase na vacinação contra a Covid-19 do que o antecessor.| Foto: Tony Winston / Ministério da Saúde

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reconheceu que a oferta de doses de vacinas contra a Covid-19 pode acabar frustrando as expectativas de imunização dos brasileiros. Ao jornal Folha de São Paulo, o chefe da pasta admitiu que este cenário só deve melhorar a partir do segundo semestre deste ano.

"A partir do segundo semestre conseguiremos ter mais doses disponíveis. O maior país a vacinar sua população é os Estados Unidos. Depois que conseguirem vacinar a população deles, vamos ter mais doses, é a nossa expectativa", avaliou Queiroga.

Apesar disso, o ministro afirmou que o seu objetivo é otimizar a campanha de imunização. "Se me perguntar qual o objetivo número 1 da minha gestão, diria: implementar uma campanha de vacinação que possa em curto espaço de tempo atingir toda a população brasileira. Para isso, precisamos otimizar a gestão do Ministério da Saúde", completou.

Sobre as manifestações do presidente Jair Bolsonaro em relação a condução da pandemia no Brasil, Queiroga afirmou que sua obrigação é "persuadir" o chefe do Executivo. "É meu dever persuadir meu presidente em relação às melhores práticas. Se eu não conseguir, a falha é minha, e não do presidente", admitiu.

Questionado sobre a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid pelo Senado, Queiroga afirmou que o caso é uma questão do Parlamento. Além disso, afirmou que decisão judicial se cumpre.

"CPI é questão do Parlamento. Eu cuido da Saúde. Se acharem que devo ir lá fazer esclarecimentos, irei. É decisão judicial, e decisão cumpre-se", completou.