No Roda Viva, Gilmar Mendes chamou vazamentos de "crimes" e pediu o "fim da república do vazamento".
No Roda Viva, Gilmar Mendes chamou vazamentos de “crimes” e pediu o “fim da república do vazamento”.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes comentou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o que ele chama de “crimes de vazamentos” à imprensa. Crítico da Lava Jato, Gilmar disse que “houve vazamentos e houve não vazamentos”, e citou a divulgação de um áudio em que a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula alinham uma assinatura de termo de posse para Lula na Casa Civil. “Tanto que o ministro Teori [Zavascki] anulou aquela prova”, disse, justificando que a gravação havia sido feita após o período autorizado para obter interceptações do telefone de Lula. “Eu tenho muito mais dúvidas do que certezas. A república dos vazamentos tem que encerrar”, disse.

O ministro voltou a criticar o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que contou que pensou em matar Gilmar Mendes: “O doutor Janot tinha 11 repórteres para vazar, praticar crimes”. Ele também defendeu a busca e apreensão na casa do ex-PGR. Ele justificou que a ação está prevista no regimento do STF quando há "ameaças contra integrantes do Supremo e no Supremo". “O ministro Alexandre [de Moraes] supôs que poderia haver incitação contra outros ministros”, afirmou. E voltou a questionar vazamentos, desafiando a bancada de jornalistas: “Conte um caso que tenha havido vazamento e a PF ou MP tenha investigado? O Conselho Nacional do Ministério Público não fazia nada até esses dias”.