Governo federal diz que, diante da remessa menor, será preciso rever os grupos prioritários e definir quem poderá ser imunizado.
Governo federal diz que, diante da remessa menor, será preciso rever os grupos prioritários e definir quem poderá ser imunizado.| Foto: Ricardo Marajó/SMCS

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (18) que receberá apenas 30% das doses da vacina Coronavac previstas para serem entregues pelo Instituto Butantan neste mês. A expectativa do governo federal era receber 9,3 milhões de doses em fevereiro, porém, a pasta foi informada, por meio de ofício, que terá disponível apenas 2,7 milhões de vacinas. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco Franco, afirmou que, diante da remessa menor, será preciso rever os grupos prioritários e definir quem poderá ser imunizado, refazendo o planejamento. Será revista a distribuição das doses do imunizante relativas a fevereiro, que já havia sido divulgada aos secretários de Saúde dos Estados e do Distrito Federal.

Butantan diz que desgaste com China provocou atraso

Também na noite desta quinta-feira (18) o Instituto Butantan rebateu a informação divulgada pelo Ministério da Saúde, afirmando que a pasta omite fatos. "O Ministério da Saúde omite e ignora fatos em seu comunicado oficial. Deixa de informar que, como é de conhecimento público, o desgaste diplomático causado pelo governo brasileiro em relação à China provocou atrasos no envio da matéria-prima necessária para a produção da vacina", diz o Instituto por meio de nota, destacando que não houve qualquer empenho da União na liberação dos insumos junto ao governo chinês. "É inacreditável que o Ministério da Saúde queira atribuir ao Butantan a responsabilidade pela sua completa falta de planejamento, que acarretou a falta de vacinas para a população em diversos municípios do País", diz o Instituto do governo do Estado de São Paulo. Com informações da Agência Brasil.