Com mais de 90% dos leitos de UTI Covid ocupados, o Rio de Janeiro pode adotar antecipação de feriados em série na tentativa de conter a propagação do coronavírus. O governador interino, Claudio Castro (PSC), fechou com empresários a proposta de feriadão de dez dias, entre 26 de março e 4 de abril, que, entretanto, inclui comércio, shopping centers e bares abertos. Até o momento não há consenso com prefeitos.
Após reunião com o governador neste domingo (21) no Palácio das Laranjeiras, os prefeitos da capital, Eduardo Paes (DEM), e de Niterói, Axel Grael, convocaram para a segunda (22) uma coletiva conjunta. A expectativa é de que anunciem um decreto com medidas mais duras de restrição de circulação, à revelia do governo estadual que deve confirmar também nesta segunda a criação do feriadão. O período emendará a Semana Santa, antecipará os feriados de abril - Tiradentes (21) e São Jorge (23) - e criará três dias de folga.
Durante esses dez dias será mantido toque de recolher das 23h às 5h, mas bares e restaurantes poderão ficar abertos, embora só até as 21h e com redução de 50% no número de clientes. Shoppings e centros comerciais poderão funcionar das 12h às 20h, também com redução no acesso. As escolas públicas e estaduais ficarão fechadas, bem como as praias e as áreas de lazer da orla. Será mantida a oferta de transporte público com o objetivo de evitar aglomerações.