Cotado para presidir a CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) é pai do governador de Alagoas.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL).| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (10) para arquivar uma investigação contra o senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA). O caso é um desdobramento da Lava Jato e envolve o suposto pagamento de propina nas obras da hidrelétrica de Belo Monte.

A maior parte dos ministros seguiu o entendimento de Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, para quem o Ministério Público Federal (MPF) não conseguiu colher indícios suficientes de crime cometido pelos parlamentares. Em seu voto, ele escreveu que "sobressai o vazio investigatório quanto aos supostos fatos delituosos".

O julgamento ocorre no plenário virtual da Corte, e os ministros tem até as 23h59 para submeter seus votos no sistema do Supremo. Até o momento, seis ministros acompanharam Fachin – Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.

O inquérito havia sido aberto com base na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral. Segundo o relato dele, as empreiteiras responsáveis pela construção de Belo Monte repassavam 0,45% do faturamento com a obra para os parlamentares do MDB. O montante desviado seria de R$ 30 milhões. Com informações da Agência Brasil.