Marinha faz últimos ajustes no submarino Humaitá no Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (CNI).
Marinha faz últimos ajustes no submarino Humaitá no Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (CNI).| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um gigante metálico com 72 metros de comprimento e capacidade de deslocamento de 1,8 mil toneladas chegará ao mar pela primeira vez no próximo dia 11. Trata-se do Humaitá, o segundo de quatro submarinos convencionais que estão sendo construídos no Brasil dentro do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).

O quarteto é o primeiro passo para a fabricação de um modelo com propulsão nuclear, previsto para ser entregue na próxima década. O projeto está sendo colocado em prática na cidade de Itaguaí, no litoral fluminense. O primeiro submarino, o Riachuelo, já está em fases de testes no mar e deverá se incorporar à frota da Marinha em meados do próximo ano. O Humaitá, por sua vez, está na fase final de integração de seus equipamentos e sistemas. No dia 11, ele deixará o estaleiro por intermédio de um grande elevador e tocará o mar pela primeira vez. A expectativa é a de que o presidente Jair Bolsonaro esteja presente no batismo.

A Marinha espera que os quatro submarinos convencionais se unam à frota brasileira até 2024. Trata-se de uma adaptação do modelo francês Scorpène. O Humaitá tem cerca de cinco metros a mais, o que possibilita maior capacidade de combustível e mantimentos, dando assim maior autonomia de navegação. A estimativa é a de que a embarcação consiga navegar com mais de 30 tripulantes por até 80 dias. O projeto é considerado um marco para a Marinha brasileira. Quando os submarinos convencionais estiverem prontos, será a vez de o projeto do primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil ser efetivamente colocado em prática. Mantido o cronograma, ele deverá ficar pronto em 2033.