Esplanada dos Ministérios, em Brasília: banco de talentos foi criado para ajudar o governo a escolher nomes técnicos para cargos na administração pública.
Esplanada dos Ministérios, em Brasília.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Os gastos alimentícios do governo federal, que somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020, entraram na mira da oposição, com destaque para o valor destinado à compra de leite condensado, de R$ 15 milhões. Parlamentares formalizaram representações junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a abertura de uma investigação sobre as compras do Executivo.

Nos documentos, protocolados na terça (26), os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) argumentam que o aumento das despesas fere o princípio da moralidade administrativa. A ofensiva jurídica organizada pelos congressistas é uma reação à reportagem veiculada pelo portal Metrópoles, que revelou o crescimento de 20% nos gastos com alimentos pela administração federal - o que inclui de ministérios a autarquias.

Segundo a publicação foram mais de R$ 15 milhões em dinheiro público para comprar leite condensado, por exemplo, o que é cinco vezes superior a tudo que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recebeu para fazer o monitoramento por satélite de toda a Amazônia, Pantanal e demais regiões do país - R$ 3,2 milhões no mesmo período, segundo dados levantados pela consultoria Rubrica. Já na aquisição de chicletes os gastos teriam sido de R$ 2 milhões.