Nelma Kodama em depoimento à CPI da Petrobrás, em 2015
Nelma Kodama em depoimento à CPI da Petrobrás, em 2015| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou reservar à União o valor de R$ 43,87 milhões sequestrados judicialmente da doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, ex-companheira do doleiro Alberto Youssef, condenada a 18 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, em 2014.

A Fazenda Nacional argumentava que os crimes financeiros da doleira tiveram como vítima toda a sociedade, representada pela União Federal, e que os bens apreendidos não poderiam ser destinados unicamente para reparar a Petrobrás. O desembargador João Pedro Gebran Neto, em decisão acompanhada de forma unânime na 8ª Turma do TRF4, disse que o juízo penal não é o adequado para decidir o pedido, recomendando à União “acautelar seus interesses através das vias processuais tributárias”.

Nelma Kodama ganhou notoriedade ao ser presa tentando sair do país com 200  mil euros na calcinha, por ter cantado “amada amante” durante depoimento à CPI da Petrobrás em 2015 e ainda ao fazer live para retirar a tornozeleira eletrônica, em agosto deste ano.