Brumadinho: identificação de mortos
Equipe de resgate em Brumadinho.| Foto: Fotos Públicas

A Agência Nacional de Mineração (ANM) criou uma versão pública do sistema que gere as informações das barragens de mineração, o SIGBM, Sistema Integrado de Gestão de Barragens de Mineração. A ideia é dar mais transparência ao setor, atingido por uma crise de imagem após os desastres com as barragens da Vale em Brumadinho, um ano atrás, e da Samarco em Mariana, em 2015. Qualquer pessoa poderá acompanhar em tempo real como está a situação das 816 barragens de todo o país: categoria de risco, altura, volume e método construtivo, dano potencial, entre outras informações. O acesso é feito pela página do SIGBM. A versão pública do portal, lançada nesta sexta-feira (24), traz dados abertos da barragem como nome e CNPJ da empresa, estado e município de localização, tipo de rejeito armazenado, estado de conservação, se está inserida no Plano Nacional de Segurança de Barragem ou se tem Plano de Ação Emergencial. Os dados mostram, por exemplo, que Minas Gerais, palco dos dois desastres, tem atualmente 213 barragens, das quais 139 (65,26%) com Dano Potencial Associado (DPA) alto. O indicador se refere ao estrago que um rompimento ou vazamento da barragem pode causar em termos de perdas de vidas humanas e impactos sociais, econômicos e ambientais.