Vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), presidiu sessão que votou LDO para 2022
Vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), presidiu sessão que votou LDO para 2022| Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), rebateu as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro neste domingo (18). Ao deixar o hospital em São Paulo, Bolsonaro responsabilizou Ramos pela aprovação do fundo eleitoral de quase R$ 6 bilhões para as eleições do ano que vem.

“Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos. Tem muita coisa lá dentro. Muitos parlamentares tentaram destacar essa questão [Fundo Eleitoral]. O responsável por aprovar isso é o Marcelo Ramos lá do Amazonas, viu presidente [Arhur Lira PP-AL]. Ele que fez isso tudo”, afirmou Bolsonaro.

Em resposta, o vice-presidente da Câmara afirmou que o presidente Bolsonaro corre de suas responsabilidades e obrigações. Marcelo Ramos presidiu a sessão que aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022 nesta semana.

“Se depender do Bolsonaro, ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas”, afirmou Ramos.

De acordo com o deputado, Bolsonaro poderia dizer que vai vetar o fundo eleitoral. “Ele deveria é dizer que vai vetar, mas vai tentar arrumar alguém para responsabilizar também, porque é típico dele e dos filhos correrem das suas responsabilidades e obrigações”, prosseguiu.

Marcelo Ramos completou afirmando que nem o governo nem os filhos do presidente se posicionaram contra a aprovação da matéria. “E quero lembrar que não houve protestos pelos líderes do governo, nem pelo líder do partido do filho dele, contra a votação simbólica. Ainda vale a pena lembrar que eu nem voto nessa matéria, porque só presidi a sessão. Quem votou a favor foram os filhos dele, tanto na Câmara quanto no Senado. Essas palavras jogadas ao vento não vão transferir responsabilidades, presidente, assuma as suas”, completou Marcelo Ramos.