Viúva de Ustra: almoço com Bolsonaro
Viúva de Ustra foi convidada pela segunda vez a almoçar com o presidente Bolsonaro.| Foto: Acervo pessoal

Um encontro agradável, uma boa conversa e uma comida simples e saborosa. Assim, a professora aposentada Maria Joseíta Brilhante Ustra, viúva do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, descreveu sua visita ontem ao presidente Jair Bolsonaro. Esta foi a segunda vez que Joseíta almoçou com o presidente no Palácio do Planalto. Assim como aconteceu na primeira vez, ela relata que encontrou Bolsonaro alegre e que ele lhe fez um relato sobre o que o Governo vem fazendo. “Eu o admiro muito. Votei nele e votaria de novo”, diz em uma breve conversa por telefone.

O almoço com Bolsonaro desta vez estava previsto na agenda oficial (diferentemente da anterior), mas suscitou críticas de oficiais das Forças Armadas da ativa e da reserva que questionam a necessidade de, neste momento, voltar a tratar de assuntos da ditadura militar. Embora não exista desaprovação ao coronel Ustra – o único brasileiro reconhecido como torturador pela Justiça – a simples menção do nome dele já provoca polêmica. Joseíta prefere não tocar nesse assunto e conta que tampouco se falou disso no almoço.  “O presidente queria me contar as coisas positivas para a população que seu Governo tem feito e não aparecem na imprensa”, diz ela.

A professora aposentada, além de companheira de toda uma vida de Ustra, foi a razão e, segundo ele mesmo escreveu na dedicatória do livro – “A Verdade Sufocada – a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”,  a inspiração para enfrentar um trabalho de pesquisa que durou mais de 20 anos. O livro que está na 17ª edição, tem 537 páginas, e é considerado um dos mais completos relatos feitos da visão dos militares sobre os episódios que ocorreram nos chamados “anos de chumbo” do regime.