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Lojas fechadas em Curitiba durante quarentena por coronavírus
Lojas fechadas em Curitiba durante quarentena por coronavírus.| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

O Brasil fechou 331.901 empregos com carteira assinada em maio, segundo dados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado é a diferença entre as contratações, que totalizaram 703.921, e as demissões, que somaram 1.035.822. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

O saldo negativo de maio foi influenciado especialmente pela queda nas admissões. As contratações caíram 48% em relação a maio de 2019. Por outro lado, em relação a abril de 2020, verificou-se um aumento de 14% na quantidade de admissões.

O resultado de maio, apesar de negativo, foi bem melhor do que o de abril, quando o país fechou 860,5 mil vagas, o pior resultado para um mês em toda a história. A série histórica medida pelo governo teve início em 1992 e, segundo o banco de dados do Caged, o pior mês da história até então tinha sido dezembro de 2008, com o fechamento de 695.361 vagas, na soma de informações declaradas dentro e fora do prazo.

Secretário comemora resultado de maio na comparação com abril

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, comemorou o resultado de maio, apesar do volume ainda expressivo de fechamento de vagas. A avaliação é que as contratação já começaram a retomar, na comparação com abril, o que seria um indicativo da reação da economia em relação ao mercado de trabalho, segundo Bianco.

"É reação clara do mercado de trabalho, da economia, nesse mês de maio em comparação com os dados do mês de abril", diz Bianco em coletiva de imprensa. "São números a comemorar sim. Nunca se comemora perda de emprego, mas podemos comemorar a reação da economia [no tocante ao mercado de trabalho]. Saldos de contratação começam a reagir de maneira significativa o que demonstram que as medidas adotadas pelo governo federal foram e estão sendo corretas e bem focalizadas", completou.

Em três meses, país cortou mais de 1,4 milhão de vagas

Desde março – quando tiveram início as medidas de distanciamento social – até maio, o país cortou ao todo 1,433 milhão de vagas formais. Foram fechadas 240,7 mil vagas em março, 860,5 mil em abril e as 332 mil vagas agora em maio.

No acumulado do ano (janeiro a maio), o Brasil fechou 1,145 milhão de empregos com carteira. Foram 5,766 milhões de contratações no período e 6,911 milhões de demissões.

O dado acumulado desde janeiro mistura os meses anteriores ao coronavírus – quando muitas empresas ainda funcionavam normalmente – com o período da pandemia. Ainda assim, veio negativo, uma vez que os cortes ocorridos a partir de março superaram com folga as contratações "líquidas" registradas no início do ano.

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