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Entre os alvos da ação da Polícia Federal estão Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PDT e seu irmão, o senador e ex-governador do Ceará, Cid Gomes.
Entre os alvos da ação da Polícia Federal estão Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PDT e seu irmão, o senador e ex-governador do Ceará, Cid Gomes.| Foto: Jose Cruz/Agencia Brasil

A Polícia Federal realizou na manhã desta quarta-feira (15) a Operação Colosseum para apurar um suposto esquema de corrupção envolvendo as reformas no estádio Arena Castelão, em Fortaleza (CE), para os jogos da Copa do Mundo no Brasil, em 2014. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão Ciro Gomes, pré-candidato a presidente pelo PDT e seu irmão, o senador e ex-governador do Ceará, Cid Gomes. Ciro Gomes se manifestou nas redes sociais sobre a operação e culpou o presidente Jair Bolsonaro pela ação.

As investigações da PF apontam que havia um sistema de fraudes e pagamentos de propinas para políticos e servidores públicos no processo de licitações para as obras do estádio, entre os anos de 2010 e 2013. Cerca de 80 agentes federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), São Luís (MA), Meruoca (CE) e Juazeiro do Norte (CE).

De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em 2017, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamento de propinas para que uma determinada empresa obtivesse êxito no processo licitatório da arena.

Segundo a PF, foram apurados "indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas”.

As investigações, de acordo com a Polícia Federal, estão em andamento, com análise de material apreendido na operação e do fluxo financeiro dos suspeitos. Os investigados podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva.

Ciro Gomes critica operação

Por meio de nota e de publicações nas redes sociais, Ciro Gomes confirmou que a residência dele foi alvo de um dos mandados. “O pretexto era de recolher supostas provas de um suposto esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão para a Copa do Mundo de 2014”, disse.

No comunicado, Ciro diz não ter nenhuma ligação com os fatos apurados e que não exerceu nenhum cargo público relacionado aos investigados. “Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores”.

“Chega a ser pitoresco. O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo”, disse Ciro, que recebeu a solidariedade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados", escreveu Lula no Twitter.

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