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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu o requerimento de abertura da CPI da Covid nesta terça-feira (13).
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu o requerimento de abertura da CPI da Covid nesta terça-feira (13).| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A CPI da Covid, que vai investigar as ações e supostas omissões do governo federal durante a pandemia, bem como os repasses aos estados e municípios, está com seus membros definidos. São 18 senadores, sendo 11 titulares e sete suplentes.

Dos titulares, o governo pode contar com o apoio de três senadores. Outros seis têm um perfil de maior independência e dois são de oposição. O presidente Jair Bolsonaro poderá não ter vida fácil no colegiado.

Os integrantes foram escolhidos a partir do critério de proporcionalidade. Ou seja, os maiores partidos e blocos partidários puderam indicar mais nomes para a composição do colegiado.

Os senadores foram indicados pelas lideranças partidárias ou blocos, que, por sua vez, podem substituir seus liderados no decorrer da investigação. Leia abaixo para conhecer mais sobre quem é quem dos membros titulares.

Bloco MDB, PP e Republicanos

Membros titulares

Eduardo Braga (MDB-AM)

Líder do MDB, Eduardo Braga chegou a se posicionar como pré-candidato à Presidência do Senado neste ano, apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Abdicou da candidatura e foi decisivo para a vitória de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ao atuar nos bastidores para manter a maioria dos votos do partido ao demista.

O senador é um dos membros independentes na CPI da Covid. Tem um currículo extenso na política. Foi deputado estadual, deputado federal, vice-prefeito, prefeito, governador e ministro de Estado na gestão de Dilma Rosuseff (PT).

Renan Calheiros (MDB-AL)

Líder da maioria no Senado, Renan Calheiros foi presidente da Casa por três mandatos. É senador há 26 anos. É pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), e um dos principais adversários políticos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Um dos mais influentes senadores da Casa, Calheiros é outro independente ao governo. Seu poder advém de muitos compromissos e acordos firmados com muitos senadores. Foi um dos nomes mais importantes na vitória de Pacheco à presidência da Casa.

Ciro Nogueira (PP-PI)

Presidente nacional do PP e vice-líder do bloco MDB-PP-Republicanos, Ciro Nogueira é um dos principais aliados de Bolsonaro. Em 2020, foi um dos atores a aproximar o presidente da República do Centrão, grupo político que integra a base política do governo.

A proximidade de Nogueira com o governo o coloca como um dos três senadores governistas, com quem Bolsonaro pode contar no colegiado. Antes de assumir uma vaga no Senado, foi deputado federal e correligionário do presidente da República.

Membros suplentes

Jader Barbalho (MDB-PA)

O senador Jader Barbalho é outro dos mais experientes políticos da Casa. Tido como independente, já foi governador do Pará em dois mandatos, deputado federal e estadual e ministro de Estado. Sua influência foi capaz de ajudar a eleger Helder Barbalho (MDB), seu filho, como governador do Pará.

Luiz Carlos Heinze (PP-RS)

Senador de primeiro mandato, Luiz Carlos Heinze foi colega de partido de Bolsonaro na Câmara, quando o presidente da República foi filiado ao PP. Deputado federal de 1999 até 2018, também foi prefeito de São Borja (RS). É, junto de Ciro Nogueira, outro visto no Senado como aliado do governo federal.

Bloco Podemos-PSDB-PSL

Membros titulares

Eduardo Girão (Podemos-CE)

Senador de primeiro mandato, Eduardo Girão é apontado como aliado de Bolsonaro e até "bolsonarista". Contudo, ele foge dessa vinculação. Interlocutores do parlamentar afirmam que os dois têm sinergia apenas em parte da pauta conservadora. Por exemplo, ele é contra o aborto, como Bolsonaro, mas um grande opositor de qualquer tentativa de flexibilização do porte de armas no Brasil.

Seus interlocutores afirmam que ele não se alinha com a oposição, mas, também, não se alinha automaticamente ao governo. Ele deixa claro aos mais próximos que, se surgirem evidências irrefutáveis de irregularidade ou omissão do governo federal, ele vai exigir punição ao Executivo.

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Ex-presidente nacional do PSDB em três mandatos e ex-governador do Ceará em dois mandatos, Tasso Jereissati é um dos senadores com maior experiência. E, embora seja um senador independente, é apontado como um dos maiores críticos ao governo federal.

Em entrevista em março ao jornal O Estado de São Paulo, Jereissati cobrou a instalação da CPI da Covid e disse ser "preciso parar" Bolsonaro, embora não tenha defendido o impeachment do presidente da República. "Que o presidente caia em si. Acho que impeachment vai criar uma crise sem tamanho", disse.

Membro suplente

Marcos do Val (Podemos-ES)

Senador de primeiro mandato, Marcos do Val é instrutor de segurança privada e palestrante. É visto como um dos aliados do governo federal. Armamentista, ele foi escolhido por Rodrigo Pacheco para relatar quatro projetos da oposição que tentam sustar decretos assinados por Bolsonaro.

PSD

Membros titulares

Otto Alencar (PSD-BA)

Ex-governador da Bahia, Otto Alencar é um senador tido como independente e crítico a Bolsonaro. O parlamentar diz não ter compromisso "com quem errou" e sustenta sempre que faz oposição ao governo federal desde o início da gestão.

Omar Aziz (PSD-AM)

Vice-líder do Senado, Omar Aziz é outro senador independente, mas crítico ao governo. Elevou a pressão ao governo federal sobretudo após a crise sanitária no Amazonas. Já foi deputado estadual, vice-prefeito. vice-governador e governador do Amazonas.

Membro suplente

Angelo Coronel (PSD-BA)

Senador de primeiro mandato, Ângelo Coronel é presidente da CPMI das Fake News, o senador já foi prefeito de Coração de Maria (BA), sua cidade natal, e atuou no legislativo estadual baiano até se eleger senador, nas últimas eleições.

Bloco DEM, PL e PSC

Membros titulares

Marcos Rogério (DEM-RO)

Um dos três senadores titulares aliados do governo. Marcos Rogério é evangélico da Igreja Assembleia de Deus. Foi deputado federal e relator do processo de cassação do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Jorginho Mello (PL-SC)

Outro titular considerado governista, Jorginho Mello exerceu quatro mandatos como deputado estadual em Santa Catarina e foi deputado federal em dois mandatos. É outro senador de primeiro mandato.

Membro suplente

Zequinha Marinho (PSC-PA)

Líder e membro único do PSC no Senado, Zequinha Marinho é outro aliado do governo. Assumiu mandatos de deputado estadual e federal pelo Pará, onde também foi vice-governador do estado de 2015 a 2019, no segundo mandato do ex-governador Simão Jatene. Membro da bancada evangélica, é fiel da Igreja Assembleia de Deus.

Bloco PT e PROS

Membro titular

Humberto Costa (PT-PE)

Opositor ao governo, Humberto Costa é médico e ex-ministro da Saúde, o primeiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também foi secretário de Saúde em Recife e promete forte oposição a Bolsonaro. Já foi deputado estadual e federal por Pernambuco, estado pelo qual foi secretário das Cidades no governo de Eduardo Campos (PSB).

Membro suplente

Rogério Carvalho (PT-SE)

Ex-líder do PT no Senado, Rogério Carvalho também é médico e foi secretário da Saúde no governo do ex-governador sergipano Marcelo Déda (PT). Foi deputado federal entre 2011 a 2015, tendo tentado, na primeira oportunidade, uma vaga ao Senado nas eleições de 2014. Nas eleições de 2018, conseguiu se eleger.

Bloco PDT, Cidadania, Rede e PSB

Membros titulares

Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Responsável pela proposta da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues é líder da oposição e um dos mais críticos ao governo Bolsonaro. Inclusive, foi quem Bolsonaro atacou pessoalmente, sugerindo “sair na porrada” com o parlamentar. Ainda em seu primeiro mandato, o congressista já foi deputado estadual pelo Amapá em dois mandatos.

Suplente

Alessandro Vieira (Cidadania-SE)

Um dos autores que pediu no Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura da CPI da Covid, Alessandro Vieira é delegado da Polícia Civil de Sergipe. Foi comandante da corporação em 2016 e ganhou notoriedade após ser exonerado por divergências políticas com o então governador Jackson Barreto (MDB). É, também, senador de primeiro mandato.

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