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coronavírus
Um homem de 61 anos, de São Paulo, teve o diagnóstico de coronavírus confirmado pleo Ministério da Saúde nesta quarta-feira.| Foto: Hector Retamal/AFP

A epidemia de coronavírus na China acendeu um alerta em diversos países. Como se trata de um novo vírus, é preciso monitorar os casos chineses e decidir que protocolos serão adotados. Não é diferente no Brasil. Até quinta-feira (5 de março), o Ministério da Saúde havia confirmado quatro casos da doença no país, além de investigar mais 531 casos suspeitos e descartar outras 315 notificações. A Anvisa ampliou a composição do Grupo de Emergência criado para monitorar o coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) havia classificado o vírus, inicialmente, como risco global moderado, mas mudou a avaliação para elevado, levando em conta elementos como a gravidade da doença, velocidade de disseminação e capacidade de enfrentamento. O vírus já matou 3.198 pessoas e infectou mais de 93 mil, até quarta-feira (4 de março).

Como ainda é difícil de prever quais serão as consequências do coronavírus, tanto no que tange ao tratamento da doença quanto a implicações mais complexas para a comunidade global, é preciso estar informado sobre o vírus. É por isso que a Gazeta do Povo preparou esse guia sobre o que já se sabe a respeito do coronavírus. Confira.

O que é o coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que pode causar desde uma gripe comum até doenças respiratórias mais graves, como a síndrome respiratória aguda grave (Sars, na sigla em inglês). O novo coronavírus ganhou o nome de Sars-CoV-2 e a doença é chamada Covid-19.

Existem casos confirmados de coronavírus no Brasil?

Sim. O Ministério da Saúde confirmou quatro casos de coronavírus (Covid-29) no Brasil. Todos os pacientes estiveram no mês passado na Itália e estão em São Paulo. Os pacientes seguem em isolamento domiciliar. As contraprovas dos exames foram realizada no Instituto Adolfo Lutz.

Há casos suspeitos? Onde?

Sim. Foram confirmados 531 casos suspeitos no país até esta quarta-feira (04), segundo o Ministério da Saúde.

Até agora, o Ministério da Saúde já descartou 315 casos para investigação de possível relação com a infecção humana pelo coronavírus.

Por que existe diferença entre os números do Ministério da Saúde e secretarias estaduais?

A diferença entre os números apresentados pelas secretarias estaduais e o Ministério da Saúde se deve ao momento de notificação dos casos suspeitos à pasta. Os números passam por constante atualização, o que pode gerar discrepâncias.

Como ocorre a transmissão do coronavírus?

Como se trata de um vírus, a transmissão se dá, em geral, por contato próximo de pessoa a pessoa. E como é um vírus que ataca o trato respiratório, o contágio ocorre pela via aérea, contato da mão com a boca ou olhos, pelo espirro ou tosse de uma pessoa infectada.

Quais são os sintomas?

Os sintomas clássicos são febre e dificuldade para respirar. Em casos mais graves, o paciente pode desenvolver a síndrome respiratória aguda grave (Sars) e insuficiência renal.

É possível que pessoas infectadas pelo novo tipo de coronavírus descoberto na China não apresentem sintomas – uma indicação de que pacientes podem transmitir a doença sem saber que estão infectados, o que pode dificultar a contenção do surto.

Quais são os critérios definidos pelo ministério da Saúde para investigar casos suspeitos?

Segundo o Ministério da Saúde, os pacientes se enquadraram na atual definição de caso suspeito para novo coronavírus, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentam: febre, pelo menos um sinal ou sintoma respiratório e viajaram para área de transmissão local nos últimos 14 dias.

Como se prevenir?

O coronavírus geralmente causa sintomas respiratórios. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda:

  • Evitar contato com pessoas infectadas;
  • Higiênica básica das mãos, como lavar as mãos com água e sabonete;
  • Quando tossir ou espirrar, levar o braço até a boca;
  • Evitar contato com animais vivos na natureza;
  • Lavar as mãos após o contato com um animal;
  • Garantir que carnes estejam bem cozidas antes de consumi-las.

Quais são os níveis de classificação de risco?

Existem três níveis de classificação de risco sobre a propagação e transmissão do vírus:

  • Nível 1 - alerta: quando existe um risco elevado de contaminação pelo coronavírus, mas não há casos suspeitos.
  • Nível 2 - perigo iminente: é determinado quando existem casos suspeitos.
  • Nível 3 - emergência em saúde pública: esse nível só entra em vigor quando forem confirmados casos de transmissão no país.

No Brasil, o governo aumentou o nível de alerta para o nível 2, de perigo iminente. Segundo o Ministério da Saúde, a OMS aumentou o nível de alerta para alto em relação ao risco global do novo coronavírus.

A orientação é que viagens para a China devem ser realizadas apenas em casos de extrema necessidade. Com quase três mil casos confirmados, segundo o boletim da OMS de 27 de janeiro, todo o território chinês passa a ser considerado área de transmissão ativa da doença.

Existe tratamento?

Não há tratamento e nem vacina específicos para este novo coronavírus, mas a OMS afirma que os sintomas podem ser tratados. A detecção do vírus ocorre a partir de um exame de exclusão, em que é descartada a existência de outros tipos de vírus como influenza, já que não existe uma co-infecção.

Há risco de contaminação por encomendas vindas da China?

Não há possibilidade de contágio simplesmente por receber encomendas vindas da China. A principal forma de transmissão é de uma pessoa para outra pelas vias aéreas. Por isso é necessário cuidado ao tossir e espirrar, cuidados com a higiene pessoal e uso de álcool em gel. O coronavírus, assim como o vírus da gripe, tem uma estimativa de vida de 24 horas fora de um corpo.

Fake news sobre o coronavírus se espalham

Estão sendo compartilhados via redes sociais e aplicativos de mensagens inúmeras fake news sobre a transmissão e formas de cuidado sobre o coronavírus. As mensagens oferecem soluções caseiras para prevenção e cuidados em caso de infecção. Algumas delas são repassadas como se fossem informações de diretores de hospitais ou infectologistas. Caso tenha sintomas, procure a rede de assistência médica e informe-se sobre ter contato com pessoas que viajaram à china ou outras áreas afetadas.

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