O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), o fim das investigações contra ele. Filho foi alvo de um indiciamento da Polícia Federal na última quarta-feira (12) por suspeita de desvios de emendas parlamentares para beneficiar áreas onde possui propriedades no Maranhão. O ministro é investigado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No pedido enviado à Suprema Corte na noite desta sexta-feira (14), a defesa de Juscelino Filho alega que a investigação possui ilegalidades que não justificam sua continuidade. Entre as razões para o pedido de trancamento, a assessoria do ministro justificou "prática de fishing expedition (investigação direcionada), ilicitude de provas, ausência de justa causa e ilegalidade do indiciamento".
As investigações da PF que caminharam para o indiciamento de Juscelino se referem ao período em que ele atuava como deputado federal e está relacionada a desvios de recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).
Filho destinou R$ 10 milhões em emendas para beneficiar a própria fazenda no estado, envolvendo a recuperação e pavimentação de estradas na cidade de Vitorino Freire (MA). O município é sua base eleitoral e tem a irmã, Luanna Rezende (União-MA), como prefeita.
Em nota à Gazeta do Povo, o ministro afirmou que a investigação “concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”. Ele considerou o indiciamento uma “ação política e previsível”, alegando que a apuração distorceu premissas e ignorou fatos, sem ouvir sua defesa adequadamente.
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