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Marcelo Álvaro Antônio
Marcelo Álvaro Antônio era presidente do PSL de Minas, mas não é investigado porque tem foro privilegiado.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta-feira (27) um assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), na investigação sobre supostas candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais. A operação da PF também tem como alvo outras pessoas ligadas ao ministro e resultou na detenção de um dos coordenadores da campanha de Álvaro Antonio em 2018.

O assessor preso é Mateus Von Rondon, considerado um dos principais auxiliares do ministro. Ele foi detido em Brasília. Outro preso no caso das laranjas do PSL é Roberto Silva Soares, conhecido como Robertinho. Ele coordenou a campanha de Álvaro Antônio à Câmara dos Deputados em 2018.  A prisão de Soares ocorreu em Ipatinga (MG).

Entenda o caso das laranjas do PSL

O PSL de Minas Gerais é investigado por ter lançado candidatas laranjas na eleição de 2018 para, supostamente, desviar recursos públicos para o financiamento de outras campanhas. A legislação eleitoral determina que ao menos 30% da verba pública destinada ao financiamento de campanhas têm de necessariamente ser usada por candidatas mulheres.

Álvaro Antônio era o presidente do PSL mineiro no ano passado. Ele não é alvo da operação desta quinta por ter foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). Quem conduz as investigações é a Justiça de Minas. Em outras ocasiões, o ministro negou ter comandado o esquema das laranjas do PSL.

Apesar disso, ele foi acusado por algumas ex-candidatas. Como presidente do PSL em Minas, teria direcionado parte do dinheiro público que deveria ir para quatro candidatas a empresas ligadas a assessores e ex-assessores de seu gabinete na Câmara (em 2018, ele exercia o mandato de deputado).

Apesar de figurar como campeãs no recebimento desses recursos públicos, essas candidatas tiveram votação inexpressiva e não apresentaram sinais de terem feito campanha efetiva.

Em alguns casos, foram vendidos serviços de impressão e pesquisa que nunca teriam sido prestados. “Os indícios são fortes que ou a gráfica não produziu nada ou produziu para outros candidatos”, disse o delegado.

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