O Ministério da Saúde voltou a liberar a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 na noite desta quarta-feira (22). A decisão ocorre quase uma semana após a pasta determinar a suspensão da imunização de jovens sem comorbidades. Agora, o grupo entre 12 e 17 anos com ou sem doenças prévias poderão receber a imunização.
"Hoje foi publicada uma nota técnica, elaborada pelo ministério, que avalia todo esse cenário e verifica que os benefícios da vacinação são maiores que os eventuais riscos dos efeitos adversos da sua aplicação", disse o secretário-executivo, Rodrigo Cruz, durante coletiva de imprensa.
A decisão da pasta em suspender a vacinação deste grupo foi determinada depois do registro da morte de uma adolescente de 16 anos, uma semana depois de receber a vacina da Pfizer, em São Bernardo do Campo (SP).
Segundo Cruz, a pasta investigou o caso por uma semana e concluiu que a vacinação deveria ser retomada. "O ministério suspendeu a imunização dos adolescentes sem comorbidades de forma cautelar, passou uma semana investigando as causas que fizeram com que se adotasse essa estratégia de suspenção. E entendeu-se que podemos retomar a vacinação desses adolescentes, priorizando os grupos que tem uma imunidade mais deficitária", afirmou.
Após o caso da morte da jovem ser divulgado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a dizer que as mães não deveriam levar "suas crianças" para vacinar "sem autorização da Anvisa". No entanto, o governo de São Paulo concluiu que a causa provável da morte da jovem foi uma doença autoimune denominada Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PPT). A Anvisa revisou os dados da investigação e também chegou a mesma conclusão.
A agência reguladora mantém a autorização para vacinar adolescentes de 12 a 17 anos. Nesta terça-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou que estados, municípios e o Distrito Federal podem decidir sobre a vacinação de adolescentes maiores de 12 anos contra Covid-19.
A secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, disse que haverá doses suficientes para vacinar todos os brasileiros. A pasta reforçou o pedido para que estados e municípios priorizem a dose de reforço em idosos e grupos prioritários.
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