O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) enviará observadores à Venezuela para acompanhar as eleições no país, em 28 de julho. A informação foi confirmada pela pela assessoria de imprensa do movimento agrário à Gazeta do Povo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também foi convidado pelo regime chavista, mas não enviará observadores para o pleito.
Ainda não há detalhes sobre a delegação do MST que será enviada. O movimento foi uma das organizações sociais brasileiras que foram convidadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para acompanhar o processo eleitoral no país – o órgão é a entidade eleitoral máxima e é controlado por aliados de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela que está há mais de 14 anos no poder.
A utilização de observadores internacionais em eleições ao redor do mundo é um dos requisitos para chancelar a legitimidade do pleito. O ditador Nicolás Maduro, contudo, tem sido acusado de manipular as eleições e interferir sobre a participação desses observadores. Recentemente, o autocrata retirou o convite feito à União Europeia e tem priorizado convites a organizações alinhadas ao seu regime.
Nesta quinta (11), o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, disse que o país receberá mais de 635 observadores internacionais interessados em acompanhar as votações.
No Brasil, além do MST e TSE, o Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz) foi convidado pelo regime venezuelano para acompanhar o pleito.
Em abril deste ano, Cebrapaz e MST estavam entre os 19 movimentos e partidos de esquerda que assinaram e enviaram uma carta de apoio a Maduro. No documento, os grupos defendem o processo eleitoral venezuelano e a sua integridade, afirmando que "o poder eleitoral é independente e está ao mesmo nível do que o Judiciário, o Legislativo e o Executivo".
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