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Em sessão que terminou em confusão na CCJ, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quase não contou com o auxílio da base aliada. E bateu boca com a oposição ao ser chamado de "tchutchuca". (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Em sessão que terminou em confusão na CCJ, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quase não contou com o auxílio da base aliada. E bateu boca com a oposição. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)| Foto: Agência Brasil

Durante as sessões do grande expediente na Câmara dos Deputados, quem mais falou sobre os temas considerados mais importantes para o governo, como a reforma da Previdência, foi a oposição.

No "top 5" dos parlamentares que mais trataram sobre o tema estão Carmen Zanotto (PPS-SC), Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), Glauber Braga (Psol-RJ), Padre João (PT-MG) e João Daniel (PT-SE).

Uma das críticas mais comuns ao governo é a falta de articulação e o fato de a própria base do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, não se organizar para falar sobre a reforma da Previdência. A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara com a participação do ministro da Economia Paulo Guedes – na qual ele encarou a oposição quase sozinho, sem defensores, e se envolveu em bate-boca – foi um alerta.

O levantamento sobre os temas mais citados pelos deputados pode ser feito a partir do uso do Parla, ferramenta desenvolvida pela Câmara que mapeia os discursos dos deputados. É preciso levar em conta que na contagem de expressões como “reforma da Previdência”, entram as contribuições feitas por colegas durante os discursos.

Ferramenta da Câmara, Parla
Ferramenta da Câmara dos Deputados, o sistema Parla mostra os temas mais abordados pelos deputados.

Presidente da CCJ da Câmara e partidário do presidente da República, Felipe Francischini (PSL-PR) admite que o começo do ano não mostrou integração em pautas-chave, em especial a reforma da Previdência.

“Mas na última semana houve uma ação integrada do PSL e isso vai nos pautar até a aprovação do projeto. No começo da legislatura era normal que não houvesse uma defesa tão enfática porque eram muitos deputados novos que estavam se ambientando na Casa”, ponderou.

Apesar disso, ele espera que a base aliada dê a volta por cima, começando pela votação da Previdência na CCJ, que entra em pauta já nesta segunda-feira (16). “A partir de agora o PSL está de cabeça na reforma da Previdência”, garantiu.

Base aliada

Para o deputado Bibo Nunes (PSL-RS), "o pessoal da oposição fala criticando e eu falo defendendo, isso é normal". Segundo o Parla, Nunes é o deputado do PSL que mais fala sobre a reforma da Previdência.

Entre a base do presidente, formada por enquanto pelos membros do próprio PSL, os que mais falaram sobre a reforma foram, além de Nunes, Joice Hasselmann, Luiz Lima, Bia Kicis e Carla Zambelli. Mas não no grande expediente da Casa.

O deputado diz que é compreensível a dificuldade de organizar os 54 deputados do partido, visto que 90% são novatos, de acordo com ele. "Tem que melhorar bastante a sintonia e vai melhorar". Segundo Nunes, a base aliada deve aumentar logo com o possível apoio do DEM e do Patriotas.

Segurança e corrupção

Outro projeto importante para o governo Bolsonaro, o pacote Anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, também é um dos mais citados na casa. O projeto está passando por um grupo de trabalho, que tem 90 dias analisá-lo.

Fora a reforma da Previdência, os temas mais abordados pelos deputados do partido do presidente foram Sergio Moro, policial militar e combate à corrupção.

Os que mais citaram Moro no PSL, sem necessariamente falar sobre o pacote anticrime, foram Coronel Tadeu, Ubiratan Sanderson, Caroline de Toni e Joice Hasselmann.

O Parla separa ainda os discursos em grandes temas, como “defesa e segurança”. Quem mais falou sobre assuntos que se enquadram nesse quesito também foi – em maior número e frequência – a oposição: Edmilson Rodrigues (Psol-PA), Ivan Valente (Psol-SP), Erika Kokay (PT-DF), José Ricardo (PT-AM), além do deputado da situação Coronel Tadeu (PSL-SP).

Os parlamentares que mais falaram sobre corrupção foram: Alexandre Frota (PSL-SP), Ivan Valente (Psol-SP), Erika Kokay (PT-DF), Otoni de Paula (PSC-RJ) e Ubiratan Sanderson (PSL-RS).


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