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Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, lançou o projeto Salve uma Mulher, de combate à violência contra a mulher
Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, lançou o projeto Salve uma Mulher, de combate à violência contra a mulher| Foto: Gazeta do Povo

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou o programa Salve uma Mulher, de combate à violência contra as mulheres. O evento contou com a presença da ministra Damares Alves e da modelo e atriz Luiza Brunet, embaixadora da campanha.

O projeto contempla ações para sensibilizar a população, campanhas de divulgação e capacitação de voluntários. "Te cuida, agressor, 'tamo' chegando", disse a ministra Damares. "O exército se levantou, está aí. E a gente começa mandando um recado para os agressores: acabou para vocês!"

Luiza Brunet, que em 2016 denunciou agressões do empresário Lirio Parisotto, com quem mantinha um relacionamento, exaltou a iniciativa e falou sobre seu engajamento na luta contra esse tipo de violência. "É um projeto que abracei desde quando sofri violência doméstica, em 2016", afirmou. "A violência deixou de ser um problema de foro íntimo e passou a ser um problema da sociedade."

Em abril, a atriz já havia participado de outro projeto do MMFDH, o Acolha a Vida, de combate ao suicídio e à automutilação entre jovens. A atriz apareceu em um vídeo de divulgação do projeto.

Além de campanhas para sensibilizar toda a população para o problema, o Salve uma Mulher contará com a ajuda de agentes públicos na identificação de vítimas em residências brasileiras. Cristiane Britto, que está à frente da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, órgão responsável pelo projeto, explica como a parceria com o Ministério da Saúde será importante na identificação de vítimas.

"A ideia da participação de agentes de saúde é que, nas visitas que fazem, eles possam identificar mulheres em situação de violência. Eles têm muito contato com quem está na ponta. Eles vão saber informar, apresentar a rede de enfrentamento à violência daquele município e vão poder levar a informação para a mulher e explicar que aquela situação por que ela passa é de violência", afirmou Cristiane.

Uma formação parecida também será dada a conselheiros tutelares e funcionários dos Correios. O projeto formará 340 mil agentes de saúde, 30 mil conselheiros tutelares e 106 mil funcionários dos Correios para que, nas visitas que realizam a residências pelo país, eles estejam preparados para identificar sinais de violência contra a mulher.

Etapas do projeto

O projeto está dividido em três fases. Na primeira, o governo pretende realizar oficinas de sensibilização com agentes públicos, que ajudarão a divulgar a informação. Além disso, uma plataforma EAD será desenvolvido com o objetivo de formar e sensibilizar funcionários de empresas privadas.

Depois, o governo formará voluntários para o projeto e, na terceira fase, criará grupos de apoio para o enfrentamento à violência contra a mulher. O projeto também prevê a criação de um selo que vai identificar instituições como parceiras do enfrentamento à violência contra as mulheres.

Projeto quer contemplar todas as mulheres

A ministra citou tipos de violência contra crianças do sexo feminino e idosas e alguns grupos de mulheres marginalizadas, como ribeirinhas, indígenas e ciganas, e disse que o enfrentamento à violência incluirá também elas. "Não podemos mais aceitar o estupro como prática cultural no Brasil", disse, em referência a culturas em que o estupro não é condenado. "É um país de todas as mulheres. Todas elas serão alcançadas pelo programa."

A preocupação em estender a atenção de programas do tipo a mulheres de regiões periféricas do país já havia sido manifestada por Damares no lançamento do programa "Abrace o Marajó", que espera acabar com as violações aos direitos humanos na Ilha do Marajó (PA).

A ministra também destacou durante o evento que o MMFDH se engajará em promover a participação políticas das mulheres. "Vamos lutar para todos os municípios brasileiros terem ao menos uma vereadora mulher", afirmou.

"A partir de novembro, nós vamos para a rua para motivar mulheres a se candidatar", disse Damares, sem entrar em detalhes sobre como isso será feito.

Dirigindo a palavra às mulheres presentes no evento, a ministra brincou que bancaria a pastora e afirmou, em tom profético: "Foi proposta de Deus você ter vindo aqui, para você decidir se candidatar a vereadora na sua cidade."

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