O senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) avaliou positivamente a mudança de ideia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que há uma semana havia afirmado que não assinaria decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro por que não cabe aos militares ficar nas favelas “brigando com bandido”.
O decreto acabou sendo assinado na véspera do feriado (1/11) e envolverá 3,7 mil militares das Forças Armadas com poder de polícia para atuar nos principais portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo. A GLO só pode ser acionada pelo Executivo em casos de anormalidade, quando se entende que as forças de segurança pública não conseguem, sozinhas, enfrentar uma crise.
A decretação da GLO atendeu um pedido do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cinturão para combater o tráfico de drogas e armas
“O governo fez o que o Cláudio pediu. Qualquer ajuda é bem-vinda, ainda mais nessas áreas que são federais”, avaliou o senador em entrevista ao colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, de Brasília. “O Rio precisa desse cinturão para combater o tráfico de drogas e armas”, afirmou.
O decreto de GLO ocorre nove dias depois dos ataques de milicianos no Rio de Janeiro, em que pelo menos 35 ônibus foram incendiados. A ação dos criminosos teria sido motivada pela morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado.
A GLO decretada pelo governo restringe-se a áreas de controle federal, abrangendo, em São Paulo, o aeroporto de Guarulhos e o porto de Santos e, no Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão e os portos de portos de Itaguaí e da cidade do Rio de Janeiro.
Além da GLO em três portos e dois aeroportos, o governo anunciou reforço na fiscalização de 2.300 quilômetros de fronteiras nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Paraná – inclusive o Lago de Itaipu.
Nessas áreas, não é necessária a decretação de GLO para atuação das Forças Armadas. Ao todo, 3,7 mil homens do Exército (efetivo de 2 mil), Marinha (1,1 mil) e Aeronáutica (600) deverão ser mobilizados.
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