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Megaleilão do pré-sal conseguiu vender apenas duas das quatro áreas ofertadas, frustrando as expectativas de receita.
Megaleilão do pré-sal conseguiu vender apenas duas das quatro áreas ofertadas, frustrando as expectativas de receita.| Foto: Arquivo / Gazeta do Povo

O megaleilão dos excedentes do pré-sal na área conhecida como cessão onerosa, na Bacia de Santos, no Rio de Janeiro, arrecadou menos do que previa: R$ 69,96 bilhões, frente aos R$ 106,5 bilhões estimados pelo governo inicialmente. A queda aconteceu porque só foram arrematados dois dos quatro campos previstos. Com isso, o dinheiro que será distribuído a estados e municípios cairá pela metade.

Do total arrecadado no leilão, R$ 34,1 bilhões terão de ser pagos à Petrobras, como ressarcimento pelos investimentos feitos na área (a estatal explora a região desde 2010) e também como compensação pela desvalorização do preço do barril de petróleo no mercado. O valor ainda vai sofrer uma pequena variação, pois será corrigido pela taxa Selic até a quitação do pagamento.

Feito o pagamento à Petrobras, sobrarão R$ 35,86 bilhões para rateio. Esse dinheiro poderia ficar integralmente com a União, mas o governo decidiu repartir a receita com estados e municípios para ajudá-los financeiramente.

De acordo com projeto aprovado no Congresso e que já virou lei (nº 13.885/2019), os estados vão receber 15% dos R$ 35,86 bilhões, o equivalente a R$ 5,379 bilhões. É a metade do que estava previsto, caso as quatro áreas tivessem sido arrematadas.

A divisão do dinheiro entre os estados será feita da seguinte forma: dois terços de acordo com os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e um terço seguindo as regras do Fundo de Exportação (FEX) e da Lei Kandir.

O estado do Rio de Janeiro terá uma vantagem adicional. Além de entrar na cota do rateio com os outros estados, os fluminenses vão receber mais 3% sobre os R$ 35,86 bilhões, pois é o estado onde estão os campos que serão leiloados.

Os municípios também terão direito a 15% dos R$ 35,86 bilhões, o equivalente a R$ 5,379 bilhões. Também é a metade do que estava previsto, caso as quatro áreas tivessem sido arrematadas. O valor será repartido de acordo com os critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Por fim, a União ficará com os 67% restantes desse bolo, o equivalente a R$ 24,026 bilhões do megaleilão do pré-sal. A maior parte do dinheiro será usada para melhorar o resultado primário da União.

Os estados, segundo o projeto aprovado pelo Congresso, devem usar o dinheiro obrigatoriamente para o pagamento de despesas previdenciárias e, depois, para investimentos. Já os municípios podem usar para investimento ou Previdência.

Como não teve ágio no leilão, todos os valores deverão ser pagos até o fim de dezembro deste ano.

Confira como será a divisão do dinheiro arrecadado no leilão e quanto cada estado vai receber exatamente:

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