Enquanto tenta reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impediu que Alexandre Ramagem assumisse o comando da Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro avalia indicar o delegado Rolando Alexandre de Souza para chefiar a instituição. Atual secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Investigação (ABIN), Rolando é próximo de Ramagem, diretor-geral do órgão, de quem é considerado "braço direito".
A possível nomeação de Rolando é vista como uma alternativa do presidente para manter a influência de Ramagem, que é próximo à família Bolsonaro, na Polícia Federal - Ramagem foi segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Segundo pessoas próximas ao presidente, o diretor-geral da Abin tem participado diretamente das decisões sobre o futuro do comando da PF, uma atribuição do ministro da Justiça, André Luiz Mendonça.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a nomeação de Rolando pode ser efetivada em poucos dias. Há uma preocupação com o avanço do inquérito das "Fake News", que poderia atingir filhos de Jair Bolsonaro e até mesmo servidores que atuam no chamado "gabinete do ódio". A investigação já identificou empresários que estariam financiando ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nas redes sociais, conforme revelou o Estado.
Há ainda outro inquérito aberto por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes para apurar "fatos em tese delituosos" envolvendo a organização de atos antidemocráticos, após Bolsonaro participar de protesto em Brasília convocado nas redes sociais com mensagens contra o STF e o Congresso.
Outra apreensão do presidente é a apuração sobre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que trata de um esquema de "rachadinha" em seu antigo gabinete, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. O caso foi revelado pelo jornal.
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