O governo federal já havia repatriado, até a última terça-feira (12), 21.729 brasileiros que estavam no exterior e não conseguiam retornar por causa da crise de saúde causada pelo novo coronavírus. O gasto total com a Operação Regresso, como tem sido chamado o programa de repatriação, é até agora de R$ 53,7 milhões. As informações são do Itamaraty.
Os brasileiros resgatados vêm de 81 países diferentes. Mais de um terço deles de Portugal: ao todo, 8.012 pessoas voltaram de lá. Em seguida, Peru (1.610 pessoas), México (1.086), Argentina (1.062), África do Sul (856) e Espanha (752) são os países dos quais mais brasileiros voltaram após ficarem "ilhados" em virtude da pandemia.
A Operação Regresso é feita pelo Ministério das Relações Exteriores em parceria com o Ministério da Defesa. O governo montou um grupo de crise para atuar de forma integrada com embaixadas e consulados. O grupo tem cinco equipes organizadas por área geográfica, formadas por servidores em Brasília e nos postos, segundo o Itamaraty.
Informações para brasileiros que busquem repatriação
No site do Itamaraty, há um formulário emergencial de auxílio consular para os brasileiros no exterior afetados pela crise do coronavírus. O interessado na repatriação deve informar dados pessoais, de residência e de contato, além de descrever a situação em que se encontra.
Para se informar sobre a situação dos processos de repatriação em cada lugar, os brasileiros no exterior devem acompanhar os alertas pelas redes sociais e sites das embaixadas ou consulados. Os endereços desses órgãos se encontram nesta página.
Despesas do Itamaraty envolvem aviões, ônibus, alimentos e remédios
Até a terça-feira (12), o gasto com a repatriação dos brasileiros relacionado somente com transporte – o que envolve fretamento de aeronaves, aquisição de bilhetes aéreos, aluguel de ônibus e pagamento de taxas – tinha sido de R$ 51,7 milhões.
Mas, além dos custos de transporte, o governo já gastou mais R$ 2 milhões para “garantir a sobrevivência dos brasileiros que se encontram em situação de desvalimento financeiro”, segundo o Itamaraty. Isso inclui despesas, por exemplo, com a aquisição de alimentos e remédios de uso contínuo.
A primeira operação do gênero envolveu a repatriação de 34 brasileiros que estavam na cidade de Wuhan, na China, onde surgiram os primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus. O resgate ocorreu entre os dias 5 e 9 de fevereiro, com o envio e retorno de dois aviões Embraer 190. A operação incluiu ainda mais 14 dias de confinamento dos resgatados na Base Aérea de Anápolis (GO). Nenhum dos repatriados ou servidores envolvidos na missão foi infectado pela Covid-19.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Governo Tarcísio vê sucesso na privatização da Emae após receber três propostas
Deixe sua opinião