A nova rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) começou em junho (com o crédito no aplicativo Caixa TEM) e se estende até novembro. Trabalhadores com contas ativas e inativas poderão sacar até R$ 1.045.
Trabalhadores com saldos superiores a esse valor poderão sacar somente R$ 1.045, independentemente de quantas contas tenham no fundo – esse valor é o máximo por pessoa, e não por conta. Quem tem saldo inferior a R$ 1.045 poderá sacar todo o dinheiro que tem no FGTS.
Os valores serão depositados em poupança digital aberta gratuitamente em nome do trabalhador na Caixa Econômica Federal. A abertura dessas contas foi autorizada pelo governo via medida provisória. A movimentação será via aplicativo Caixa TEM.
O dinheiro foi creditado entre 29 de junho e 21 de setembro, conforme o mês de aniversário do trabalhador. Uma vez creditado o valor, a pessoa já pode usar o aplicativo Caixa TEM para pagar: boletos de qualquer instituição financeira; contas de água, luz e telefone; e fazer compras em mais de 3 milhões de estabelecimentos com maquininhas que aceitam o pagamento via QR Code gerado pelo app Caixa TEM.
O valor começou a ser liberado para saque e transferência em 25 de julho, com as últimas autorizações ocorrendo em 14 de novembro, conforme o mês de aniversário do cotista.
Caso não o dinheiro não seja sacado ou transferido até 30 de novembro de 2020, o montante retorna para conta do trabalhador no FGTS, com a devida correção. Se o trabalhador não tem interesse em resgatar o dinheiro, deve acessar o site ou app do FGTS e informar que não quer o depósito automático.
Confira o calendário completo do saque de até R$ 1.045 do FGTS
Mês aniversário | Crédito conta Caixa TEM | Disponível para saque e transferência |
Janeiro | 29/06 | 25/07 |
Fevereiro | 06/07 | 08/08 |
Março | 13/07 | 22/08 |
Abril | 20/07 | 05/09 |
Maio | 27/07 | 19/09 |
Junho | 03/08 | 03/10 |
Julho | 10/08 | 17/10 |
Agosto | 24/08 | 17/10 |
Setembro | 31/08 | 31/10 |
Outubro | 08/09 | 31/10 |
Novembro | 14/09 | 14/11 |
Dezembro | 21/09 | 14/11 |
Saques atrasaram
A liberação do dinheiro estava prevista para começar em 15 de junho, segundo a medida provisória 946, editada pelo governo no começo de abril. Porém os valores só começaram a ser creditados em 29 de junho, e saques e transferências foram permitidos apenas a partir do fim de julho.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, justificou o atraso com a necessidade de o banco abrir contas digitais para milhões de trabalhadores. "Não se abre uma conta poupança digital de uma hora pra outra. E a medida provisória autorizando a abertura foi publicada há uma hora", explicou em entrevista coletiva em junho
Ele negou que o atraso tenha sido motivado pela falta de papel moeda. "Não existe falta de papel. Essa discussão não existe. O objetivo é evitar aglomerações. Oito em cada dez brasileiros receberão algum recurso da Caixa”, afirmou Guimarães ao se referir também ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 e ao benefício ao trabalhador com salário reduzido.
Embora em junho o presidente da Caixa tenha negado a falta de papel-moeda, o presidente Jair Bolsonaro afirmou meses depois, no começo de setembro, que a nota de R$ 200 foi criada justamente para contornar a falta de papel-moeda no país.
60 milhões de brasileiros serão beneficiados
A nova rodada de saques do FGTS foi autorizada pelo governo no começo de abril, quando foi publicada a medida provisória 946, permitindo a operação.
O objetivo da medida é reduzir os impactos na economia causados pela pandemia do novo coronavírus. A expectativa é que os saques injetem R$ 36,8 bilhões na economia até o fim do ano. Segundo a Caixa, 60 milhões de pessoas poderão sacar até R$ 1.045.
Essa é a segunda vez que o governo Bolsonaro autoriza um saque imediato do FGTS. Em 2019, foram liberados até R$ 500 ou até R$ 998 por conta para saque. No total, foram pagos R$ 28,1 bilhões para 60,4 milhões de trabalhadores em todo o país. O número ficou abaixo dos R$ 40 bilhões esperados.
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