Representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) vão começar na semana que vem a percorrer o país para ouvir demandas dos estados na área de segurança pública. O projeto está sendo tocado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), subordinada à pasta, e vai passar pelas cinco regiões do Brasil. O objetivo é aumentar a interlocução do ministério com os secretários estaduais da área.
A primeira visita será realizada entre os dias 6 e 8 de outubro, à região Centro-Oeste. O secretário nacional de Segurança Pública, Carlos Renato Machado Paim, e o corpo técnico da Senasp vão passar quatro dias em Goiânia (GO) conversando com autoridades de segurança da região e realizando apresentações temáticas, com temas que vão de tecnologia da informação à orçamento.
Segundo o secretário de Segurança, as visitas têm o objetivo de receber as demandas regionais quando o assunto é segurança pública. Ele explica que, como o Brasil é um país continental, cada região tem uma necessidade e uma especificidade diferente para lidar com problemas de segurança. “Só tem uma forma de entender o que os estados precisam. É esse diálogo, que estou procurando com as visitas”, diz Paim.
Os encontros serão divididos em dois focos: gestão, com apresentação de modelos de ações estruturantes para a área; e profissional, com sugestões de ações para melhoria das condições de trabalho de agentes de segurança.
O objetivo é mostrar aos secretários estaduais a estrutura da Senasp, o portfólio de projetos disponíveis na secretaria e estreitar relações com os estados. “Vai ser importante escutar os estados”, destaca Paim.
Após Goiânia, as visitas vão ocorrer nas regiões Sudeste, em Belo Horizonte (MG); Nordeste, em Natal (RN); e Norte, em Rio Branco (AC). A última rodada de encontros vai acontecer na região Sul, em Curitiba (PR), entre os dias 4 e 6 de novembro.
Moro também ouviu demanda dos estados na segurança pública
No início de 2019, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro também ouviu as demandas dos estados sobre o tema de segurança. Em um encontro em Brasília, o então ministro se reuniu com os secretários de todos os estados.
A principal demanda dos secretários em 2019 era por liberação de recursos. Estados como São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Piauí, Ceará, Santa Catarina, Paraná e Rondônia pedriam liberação de verbas e financiamento de projetos na área.
Além de dinheiro, também estavam entre as preocupações dos estados questões como controle de fronteiras, auxílio no desenvolvimento de projetos, envio de efetivo federal e equipamentos, integração e melhora no sistema prisional.
Troca na equipe do ministério
Com a saída de Moro do ministério, em abril deste ano, boa parte da equipe na pasta foi substituída por novos nomes. O novo ministro, André Mendonça, nomeou outros secretários para postos-chave dentro do Ministério.
Na Senasp, saiu o general Guilherme Theophillo, indicado por Moro em 2019, e entrou Carlos Renato Machado Paim, em junho deste ano. Paim é é coronel da Polícia Militar do Distrito Federal e, antes de assumir a Senasp, atuava como subsecretário de Operações Integradas, da Secretaria de Estado de Segurança do Distrito Federal.
Entre as atribuições da Senasp estão:
- Definição, implementação e acompanhamento da Política Nacional de Segurança Pública e dos Programas Federais de Prevenção Social e Controle da Violência e Criminalidade.
- Planejar, acompanhar e avaliar a implementação de programas do Governo Federal para a área de segurança pública.
- Promover a integração dos órgãos de segurança pública.
- Estimular e propor aos órgãos estaduais e municipais a elaboração de planos e programas integrados de segurança pública.
- Coordenar as atividades da Força Nacional de Segurança Pública.
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Elon Musk diz que Alexandre de Moraes interferiu nas eleições; acompanhe o Sem Rodeios
-
“Para Lula, indígena só serve se estiver segregado e isolado”, dispara deputada Silvia Waiãpi
Ampliação de energia é o maior atrativo da privatização da Emae, avalia governo Tarcísio
Ex-desembargador afirma que Brasil pode “se transformar num narcoestado”
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Deixe sua opinião