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Bombeiros trabalham no resgate de vítimas do desabamento de prédios em Muzema, na zona oeste do Rio
Bombeiros trabalham no resgate de vítimas do desabamento de prédios em Muzema, na zona oeste do Rio (Foto: Carl de Souza / AFP)| Foto: AFP

Entre as sete vítimas do colapso de dois prédios na manhã de sexta-feira (12), em Muzema, comunidade na zona oeste do Rio está a família de Isabele, de 4 anos.

A menina virou símbolo da tragédia que mobilizava, 24 horas após o desabamento, mais de cem militares, além de drones e cães farejadores.

Isabele foi resgatada com machucados no rosto. Seu irmão Hilton Guilherme, de 12 anos, passou mais de 12 horas soterrado. Chegou a ser retirado com vida dos escombros por bombeiros, por volta das 23 horas de sexta. Estava consciente, falava com bombeiros, mas morreu no hospital Miguel Couto pela manhã deste sábado (13), se tornando a sétima vítima da tragédia.

Nesta tarde, os corpos dos pais dos dois, Hiltonberto Rodrigues Souza e Maria de Nazaré Sá Sodré, foram reconhecidos pela família do casal. Havia ainda 17 desaparecidos computados pelas autoridades.

A caçula da família estava sendo cuidada por Erismar Correa Souza, de 28 anos, que mora com a irmã de Hiltonberto. "Ontem a gente se encontrou, ele pintou minha moto, falou que ia se mudar de lá", contou Erismar.

Já Isabele não parava de perguntar do pai. Também mencionava "o homem que salvou ela debaixo da poeira", conta o tio Raimundo do Nascimento, de 38 anos.

Isolada por ora das notícias da família, a menina está em uma casa em Rio das Pedras "brincando, colocamos gelzinho na cara dela", afirma Erismar. A comunidade também fica na zona oeste.

Tanto Rio das Pedras quanto Muzema ficam sob domínio de milícias. Sobreviventes relataram que as construções estavam em obras. Ao menos quatro famílias viviam lá. Antes da queda, ouviram-se estalos na estrutura.

O prefeito Marcelo Crivella (PRB) esteve na área na sexta. Saiu sem falar à imprensa e foi vaiado por moradores. A prefeitura diz que os prédios eram irregulares.

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